sexta-feira, 23 de julho de 2010

7. O Romantismo

O Romantismo foi um movimento cultural que surgiu inicialmente na Grã-Bretanha e na Alemanha, como reacção ao culto da razão do Iluminismo, um pouco mais tarde em França, nos países do sul e na Escandinávia espalhando-se depois por toda a Europa e Estados Unidos da América. É um estado da sensibilidade europeia entre finais do séc. XVIII e princípios do séc. XIX. O seu nome deriva de "romance" (história de aventuras medievais), que tiveram uma grande divulgação no final de setecentos, respondendo ao crescente interesse pelo passado gótico e à nostalgia da Idade Média.

Pintura
O Principal tema da pintura do Romantismo é a Natureza, que se exprime pela Paisagem.

É através da paisagem que os artistas transmitem os seus estados de espírito e as suas emoções (as “forças da Natureza” representam as emoções e paixões humanas), objectivo fundamental do Romantismo, o primado do indivíduo.

É uma natureza dotada de sentimentos em que o dramatismo pode atingir grande intensidade.

Paisagens rurais ou marítimas, tornam-se os temas centrais da pintura ou servem ainda de enquadramento a cenas figuradas estabelecendo um ambiente nostálgico ou dramático entre personagens e fundo paisagístico.

O ambiente dramático é dado geralmente pela representação das forças da natureza sob a qual, o homem, irremediavelmente está á mercê.

O ambiente nostálgico e sonhador é muitas vezes marcado pela representação de ruínas no meio de uma natureza luxuriante que se revela indiferente ao destino dos homens.

Temáticas da Pintura Romântica:

A Natureza, quer assumida como tema, a Paisagem, quer como cenário cúmplice do desenrolar do drama humano. A Pintura Histórica, exaltação do passado histórico numa dimensão nacionalista e ética evocando acontecimentos e personagens exemplares. Esta arte ilustra acontecimentos históricos ou lendários de um modo propositadamente grandioso e nobre (por oposição aos exemplos da antiguidade greco-romana). A Pintura fantástica, temáticas ligadas ao exótico, ao onírico e àquilo que se afasta da razão e da norma. O Retrato, como expressão de uma humanidade particularizada e de uma individualidade com caracterização própria.

Características formais:

A composição em pirâmide dinamizada por linhas oblíquas gerando ritmos e sugerindo movimento. Pinceladas largas e sinuosas, acentuando o dinamismo da composição. Contrastes fortes de claro-escuro e de cor. Utilização das virtudes expressivas da cor por oposição ao desenho frio e calculado do Classicismo.

OS PINTORES ROMÂNTICOS

Jean-Louis André Théodore Géricault nasceu 26 de setembro de 1791 — Paris,morreu 26 de janeiro de 1824 foi um pintor francês do Romantismo.

A doença, a loucura e o desespero passaram então a ser uma constante em seus quadros. O efeito do claro-escuro, que o pintor tanto admirava em Caravaggio, inspiraram-no a criar ambientes patéticos e de intenso sofrimento. Anos depois, em Londres, Géricault retomou sua paixão pelos cavalos, pintando o O Derby de Epson, que de certa forma antecipou sua preocupação em captar o movimento. Também fez quadros de doentes mentais num hospital. Após uma tentativa de suicídio, o pintor voltou a Paris, onde poucos meses depois, vítima de um acidente, acabou morrendo.

- A Jangada do Medusa, 1819 (manifesto do Romantismo).


Ferdinand Victor Eugène Delacroix nasceu em 26 de Abril de 1798, Saint-Maurice e morreu em 13 de Agosto de 1863, Paris ,foi um importante pintor francês do Romantismo.

Delacroix se interessou também pelos temas políticos do momento. Sentindo-se um pouco culpado pela sua pouca participação nos acontecimentos do país, pintou A Liberdade Guiando o Povo (1830), um quadro que o estado adquiriu e que foi exibido poucas vezes, por ter sido considerado excessivamente panfletário. O certo é que a bandeira francesa tremulando nas mãos de uma liberdade resoluta e destemida, prestes a saltar da tela, impressionou um número não pequeno de espectadores.

Em 1833 Delacroix foi contratado para decorar o palácio do rei em Paris, o Palácio de Luxemburgo e a biblioteca de Saint-Sulpice. Nos seus últimos anos preferiu a solidão de seu ateliê.

- Dante e Vergílio nos Infernos, Salon de 1822.


Na França e na Espanha, o romantismo produziu uma pintura de grande força narrativa e de um ousado cromatismo, ao mesmo tempo dramático e tenebroso. É o caso dos quadros das matanças de Delacroix, ou do Colosso de Goya, que antecipou, de certa forma, a pincelada truncada do impressionismo.

Arquitectura
O Romantismo, ligado à recuperação de formas artísticas medievais, acompanhada pelo gosto pelo exótico contido nas culturas orientais, favoreceu a revivência e a mistura de vários estilos, como o românico, o gótico, o bizantino, o chinês ou o árabe. Foi na Inglaterra que se verificaram as primeiras manifestações da arquitectara romântica.

O Palácio Nacional da Pena é o expoente máximo do Romantismo em Portugal.




Literatura
Na Grã-Bretanha. O romantismo inglês, anunciado pelos poetas Blake e Burns, tem por principais representantes Wordsworth e Coleridge, que publicam as Lyrical Ballads (1798) e que abrem caminho a poetas como Southey, T.Moore, Keats, Shelly, Byron e W.Scott para o romance histórico. Quanto a Mary Godwin, esposa de Shelley, exalta por sua vez os direitos do homem, festejando a Revolução Francesa, e os da mulher, e abre uma nova via ao romance negro e filosófico com Frankenstein (1818).

Em Itália, Espanha e Portugal. Em Itália manifesta-se um romantismo patriótico e nacional que luta contra o ocupante austríaco. As suas grandes figuras são A.Manzoni, S.Pellico e G.Leopardi. Em Espanha, é sobretudo no teatro que se impõe a estética romântica com José Zorilla, enquanto Almeida Garrett dá a Portugal uma ilustração do ideal romântico europeu.

Almeida Garrett

Música

Sonata Beethoven

A música romântica tem como fonte o Sturm und Drang alemão. A exploração da expressão individual, referências à Idade Média e à identidade nacional, temas humanistas e revolucionários, são traços próprios do romantismo. O seu terreno de eleição são os países germânicos e o seu ponto de apoio, as grandes partituras de Beethoven. Na Alemanha, as discussões sobre o romantismo têm lugar antes de 1800, precedendo as que se prendem com a distinção entre o classicismo e o romantismo. Misturando a música com as outras artes, foram levadas a cabo por artistas não músicos, como Goethe, Jean-Paul ou E.T.A.Hoffman.

O romantismo musical, na sua corrente específica, não tem em Portugal um significado sensível. O talento indiscutível de J.D. e de outros compositores como João Jordani, Joaquim Casimiro, Guilherme Cossoul, Fr. José Marques e Silva e outros não chega para afirmar um estilo romântico na música portuguesa. Instituições como o Teatro de São Carlos e o Conservatório e a acção de Bomtempo, e do conde Farrobo na formação de sociedades privadas de concertos e ópera são os únicos reflexos do movimento musical romântico em Portugal, que o regime político vigente permitiu aparecer.


O Romantismo é completamente o oposto da corrente anterior – o Classicismo.

A arte, para o romântico, não se pode limitar à imitação, mas ser a expressão directa da emoção, da intuição, da inspiração e da espontaneidade vividas por ele na hora da criação, anulando, por assim dizer, o perfeccionismo tão exaltado pelos clássicos. Não há retoques após a concepção para não comprometer a autenticidade e a qualidade do trabalho.

texto:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Romantismo
http://historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=404
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/portugues/portugues_trabalhos/romantismo.htm
http://www.esec-josefa-obidos.rcts.pt/cr/ha/seculo_19/romantismo.htm
acedido:23-07-2010

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