sexta-feira, 23 de julho de 2010

9. Mundo novo,formas novas.A Arte ao redor de 1900

A década de 1900 é o período que se estende desde o ano 1900 até 1909. Esta década ainda mantém fortes características históricas que a vinculam mais aos fins do século XIX do que propriamente ao século XX.

Esta época foi caracterizada por um dos primeiros saltos tecnológicos no campo dos transportes, como o desenvolvimento da aviação e do automóvel. Foi também o início da chamada arte moderna com os movimentos culturais pós-Romantismo.

Nesta época também foi formada a Commonwealth e o Japão foi pela primeira vez reconhecido como potência mundial, após a Guerra Russo-Japonesa.

A Commonwealth:
É uma associação de territórios autónomos, mas dependentes do Reino Unido, criada em 1931 e formada actualmente por 54 nações, a maioria das quais independentes, mas incluindo algumas que ainda mantêm laços políticos com a antiga potência colonial britânica.




Regicídio de 1908;
Em Portugal, mais precisamente em 1908, ocorreram alguns movimentos revolucionários que mudaram o pais,nomeadamente o Regicídio de D.Carlos e do Principe Real.
O Regicídio de 1 de Fevereiro de 1908, ocorrido na Praça do Comércio, na época (mais conhecida por Terreiro do Paço), em Lisboa, marcou profundamente a História de Portugal, uma vez que dele resultou a morte do Rei D. Carlos e do seu filho e herdeiro, o Príncipe Real D. Luís Filipe, marcando o fim da ultima tentativa séria de reforma da Monarquia Constitucional, e consequentemente, uma nova escalada de violência na vida pública do País.
Estilo artístico desenvolvido na Europa a partir do final do século XIX.



Art Nouveau

O estilo Art Nouveau é caracterizado pela sua ruptura com as tradições que até então persistiam excessivamente na arte e na arquitectura. Tratou-se de um estilo novo voltado para a originalidade da forma, de modo que era destituído de quaisquer preocupações ideológicas e independente de quaisquer tradições estéticas.

Art Nouveau modernizou o design editorial, a tipografia e o design de marcas comerciais; além de se destacar pelo desenvolvimento dos cartazes modernos. Art Nouveau também revolucionou o design de moda, o uso dos tecidos e o mobiliário, assim como o design de vasos e lamparinas Tiffany, artigos de vidro Lalique e estampas Liberty City.

A influência do Art Nouveau:

Para demonstrar a continuidade da influência do estilo, podemos destacar:

* O estilo psicadélico dos anos de 1960-70 (ver Milton Glaser). Especialmente influenciados pelo Jugendstil.
* A família tipográfica Bookman, o arredondado da Cooper Black e o redesenho de tipografias antigas e ornamentadas, possíveis por avanços tecnológicos como a foto-letra, foto-composição e a tipografia digital.

Embora, por muito tempo, designer educados à sombra do Bauhaus e do Estilo internacional tenham criticado o Art Nouveau como uma manifestação estética excessivamente ornamental, actualmente se valoriza muito a importância histórica do Art Nouveau, sem menosprezar a sua riqueza ornamental.



Art Nouveau (arquitectura)

O Art Nouveau pode ser interpretado como um movimento burguês de cunho revolucionário, na medida que afronta a máquina (Revolução Industrial) e sugere a renovação do contacto com a natureza, pregando o uso da ferramenta de trabalho como prolongamento do corpo do artista (A arte contra a técnica).

A Arte Nouveau tem linhas sinuosas, sensuais, redondas e com motivos sempre relacionados à flora e a fauna de cada lugar. É uma arte feita “à mão” em materiais como o vidro ou madeira e aplicada também na arquitectura.
O único grande pintor que viveu na época da Arte Nouveau foi o “Klimt”.
Decoração em arte Nouveau é extremamente cansativa.
Tiffany, fantástico artista americano, faz belíssimos lustres em arte Nouveau. Tem
muita coisa dele no Museu Metropolitan.
Na Gare D’Orsay tem muitos móveis da “Arte Nouveau”.


O mobiliário da Arte Nova comporta todas as variedades dos estilos regionais do movimento. Fiéis ao espírito deste estilo, poucos foram os artesãos que se especializaram exclusivamente em mobiliário, e a maioria foi formada em outras artes e ofícios. Os construtores de mobiliário, na maioria, tinham sido, ou continuavam a ser, arquitectos preocupados em alargar o controlo ao interior dos seus edifícios. As mesma tensões entre decoração e estrutura, forma e função, eram evidentes tanto na construção do mobiliário como na arquitectura.






Arte moderna:

Arte Moderna é o termo genérico usado para designar a maior parte da produção artística do fim do século XIX até meados dos anos 1970, enquanto que a produção mais recente da arte é chamada frequentemente de arte contemporânea.
A noção de arte moderna está estreitamente relacionada com o modernismo.
Na passagem para o século XX:

Quando pensamos na passagem do século XIX para o século XX podem ocorrer-nos imagens dos palacetes, rodeados por parques ajardinados, ou, ainda, das grandes casas burguesas a conformarem as novas avenidas, pouco povoadas e desproporcionadas para o tráfego nelas acolhido.







Mas esta imagem de serenidade de uma cidade a crescer, frequentemente registada em fotografia, oculta uma outra: a do seu rasgamento, demolição e reedificação – ainda com uma preocupação da continuidade com o existente, nas primeiras décadas do século –, numa operação de tremenda violência que pretendeu dotar a cidade dos novos
confortos. A cidade reconfigura-se para acolher serviços, transportes e
infraestruturas, suportes indispensáveis para novos tipos de edifícios e
programas, que promoviam a modernidade pelos novos consumos de
massas definidores de outros estilos de vida, dando lugar a uma diferente estratigrafia funcional e social.

Mas ignora-se também que esta cidade dramática coexiste com
lugares bucólicos – ou com o seu imaginário –, que celebram, em
oposição à urbe, uma natureza idílica e, para alguns, ameaçada de
extinção. Estes locais, também míticos, constituem a última esperança,
face a um mundo em rápida transformação, de uma outra ideia de
moderno liberto da necessidade de progresso maquinista.

O que significa ser moderno em 1900?

A resposta a esta pergunta impõe a necessidade prévia de ultrapassar uma
compreensão enviesada da arquitectura moderna determinada pela
historiografia canónica. A interpretação dos processos e dos caminhos da
arquitectura do século XX impõe a renovação da sua historiografia, na
sequência de uma outra renovação protagonizada pela chamada Escola
dos Annales ou pelo movimento da Nova História.2 Neste sentido,
interessa referir a necessidade da historiografia da arquitectura abandonar
o problema estilístico como dominante da sua investigação. Aliás, o
estilo, além de incaracterístico no século XX, mostra-se ineficaz para
descrever a sua produção arquitectónica, que não pode ser compreendida
como sucessão de "desenhos à maneira de …", mas que, pelo contrário,
terá de fundamentar-se na sua essência: o projecto arquitectónico,
enquanto instrumento disciplinar único que dá a conhecer o dispositivo
espacial e programático.

texto:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Commonwealth
http://pt.wikipedia.org/wiki/Regic%C3%ADdio_de_1908
http://artenova.no.sapo.pt/Modernismo2.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Art_nouveau
http://www.artcyclopedia.com/history/art-nouveau.html
Acedido: 26-07-2010

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